Banco Central acelera o ritmo para a alta da Selic
Hoje tivemos a divulgação da nova taxa de juros do país, a SELIC, o Banco Central se reuniu e decidiram aumentar a taxa em 1 ponto percentual, elevando pela terceira vez a taxa que estava em 11,25% aa para 12,25% aa. Essa decisão foi unânime.
Essa alta expressiva se aproximou ao mesmo ritmo de alta que tivemos em fevereiro de 2022, onde a alta foi de 1,5 ponto percentual e a taxa tinha ficado em 10,75% e depois em março o Banco Central elevou em 1 ponto igual ao de hoje.
No comunicado, está previsto ainda mais dois aumentos de mesma intensidade nas próximas reuniões, ou seja, podemos chegar à 14,25% ao ano em março de 2025.
Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes dessa mesma magnitude nas próximas duas reuniões, diz o comunicado.
O Copom justificou a alta com base em diversos fatores, entre os quais:
- Projeções de inflação em alta: As expectativas do mercado indicam uma resistência maior da inflação, o que exige medidas mais rígidas para controlá-la.
- Cenário fiscal e câmbio: A reação negativa do mercado aos últimos anúncios fiscais aumentou o prêmio de risco e pressionou a taxa de câmbio, gerando efeitos secundários na inflação.
- Dinamismo econômico acima do esperado: Apesar do cenário global desafiador, a economia brasileira apresentou uma atividade econômica aquecida, contribuindo para pressões inflacionárias.
A reunião de hoje marca a saída de Roberto Campos Neto a frente do Banco Central, após 6 anos de mandato, sendo o primeiro presidente do BC independente. A partir do ano que vem, o cargo será ocupado por Gabriel Galípolo.